Entender o conceito e saber a importância são as regras para o cabeamento estruturado de redes.

O conceito de cabeamento estruturado surgiu em 1980, período em que as empresas de computação e telecomunicação criaram seus próprios sistemas de transmissão para suprir a demanda de serviços.

Uma década depois, essa tecnologia começou a progredir para o meio da introdução do “cabo de par trançado”, o que culminou com a criação de normas com o intuito de padronizar cabos, conectores e procedimentos. Dessa forma, os diferentes fornecedores passaram a implantar um padrão genérico de cabeamento em grandes empresas, prédios comerciais e com a popularização dos computadores, esta necessidade expandiu para pequenas empresas, as quais também depende que seus computadores estejam conectados em redes para que seus sistemas funcionem.

Hoje não só para computadores, mas para toda conectividade interligada entre dispositivos inclusive os Wi-Fi, se faz necessário que uma infraestrutura de cabeamento estruturado seja implantada independentemente do tamanho da empresa, inclusive residências.

Com a evolução da tecnologia, o cabeamento estruturado sofreu alterações para poder suportar os novos equipamentos, tornando-se flexível à expansão e alteração da rede. Seu principal objetivo é fornecer uma base sólida para o bom desempenho da estrutura de transmissão dos sinais de dados, visando a longevidade do sistema da organização e a redução de falhas.

A importância do cabeamento estruturado.

O aumento do porte das redes, o crescimento da capacidade de processamento e a introdução dos métodos de acesso com maior velocidade, surgiu a incontestável necessidade de utilizar cabeamentos confiáveis e gerenciáveis.

O Sistema de Cabeamento Estruturado (SCE) é utilizado para cabear um tipo de rede para a distribuição de áudio, vídeo, telefonia e dados. Quando planejado, instalado e gerido de forma padronizada, ele reduz custos com novas instalações, facilita o processo de manutenção e permite que o sistema esteja disponível para novas aplicações. Além de atender aos diversos serviços de compartilhamento de dados, ele oferece uma excelente relação custo/benefício, apresentando uma enorme economia a longo prazo.

Não se engane achando que seu eletricista consegue montar uma rede de cabeamento estruturado, pois para tal se faz necessário seguir regras de normatização e procedimentos fundamentais para que esta estrutura não venha falhar e causar prejuízos.

A NBR 16264 aprovada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas estipula procedimentos recomendados para a instalação de uma rede doméstica, com isso as empresas de tecnologia e profissionais da área passaram a tê-la como referência para instalações profissionais.

  • A má estruturação do cabeamento pode chegar a representar até 70% dos problemas da área de TI.
  • Os subsistemas que compõem o cabeamento estruturado são:
  • Cabeamento Horizontal (Horizontal Cabling)
  • Área de Trabalho (Work Area)
  • Cabeamento Vertical (Back Bone)
  • Armário de Telecomunicações ou mais conhecidos como Racks (Telecommunications Closet)
  • Sala de Equipamento (Equipments Room)
  • Entrada de Facilidades (Entrance Facilities)
  • Investimentos em infraestruturas de racks

Antes de implementar o cabeamento estruturado, deve-se fazer um projeto que assegure à empresa e seus usuários os requisitos necessários para uma performance ágil, segura e confiável na transmissão de dados. Todos os equipamentos, como servidores, roteadores e switches, devem ficar armazenados em uma sala restrita.

Nada de racks em madeira ou em prateleiras. Para mantê-los organizados, é necessária a utilização de racks metálicos (de piso ou de parede), que garantem a performance e a segurança da rede. Neste rack são instalados patch painels e organizadores de cabos. O patch panel é um equipamento constituído de diversas portas de rede que permite uma melhor organização de todo o cabeamento. Sendo assim, todas as terminações são conectadas na parte traseira, de forma que nenhum cabo fique solto ou dependurado.

Os controles das portas em utilização ficam na parte frontal do equipamento. Por meio dos patchs cords — cordões de manobra —, as portas podem ser habilitadas ou desabilitadas, conforme as necessidades de manejo). Essas estruturas permitem o mapeamento de cabos dos pontos de usuário, que são enumerados e instalados em suas portas correspondentes, facilitando assim os processos de manutenção corretiva e mudanças de pontos entre rede de computadores, telefones ou outros dispositivos conectados a este ponto.

Desta forma a proporção custo/benefício é excelente, já que os custos de cabos por usar um único tipo é reduzido, na mesma estrutura comporta toda telecomunicação independente de tamanho ou equipamento sendo um dos benefícios.

Amadorismo não tem vez e tem custo elevado.

A prática do “improviso” ainda é bastante comum no setor de TI da maioria das empresas, que insistem em instalar sistemas de cabos sem realizar um planejamento prévio. Com isso, elas acabam não seguindo as normas e técnicas específicas estipuladas pelos órgãos nacionais e internacionais.

No cabeamento estruturado, os cabos de dados ficam distribuídos uniformemente, facilitado a organização e manutenção. E ao dividir toda a infraestrutura em racks, torna-se mais fácil isolar, testar e corrigir os pontos específicos de falhas, sem diminuir drasticamente a performance da rede.

Nossa experiência (CCSTI) com implantação de sistemas de telefonia, computadores, servidores entre outros, sempre dependeu de uma estrutura bem planejada e organizada na parte de infraestrutura de redes, para que nenhuma falha no processo ocorresse, mesmo em raros casos de falhas mínimas, mas que por possuir esta estrutura, a falha pode ser corrigido rapidamente e de forma eficaz.

Já em locais que havia condições precárias de infraestrutura de redes, estas implantações levaram numerosas horas a mais até ficar funcionando e mesmo assim com falhas constantes, logicamente que posteriormente os proprietários destes locais nos pediram para readequar a estrutura para que ficasse 100% funcional e sem falhas.